Câncer de testículo – O que é?

O que é?

O Câncer de Testículo pode se iniciar pelo carcinoma in situ (CIS) ou neoplasia intratubular das células germinativas. O CT é uma neoplasia que ocorre em células germinativas em mais de 90% dos casos, com taxa de crescimento dos mais rápidos entre as neoplasias malignas. O câncer de testículo é dividido em dois grandes grupos de tumores:

  • seminomas e
  • tumores não-seminomatosos (carcinoma embrionário, tumor do saco vitelínico, coriocarcinoma e teratoma) e ocorrem em proporções iguais.

O câncer de testículo é o tumor mais frequente das neoplasias em homens dos 15 aos 34 anos de idade. Contudo, os seminomas ocorrem em média de idade de 31 anos e os tumores não-seminomatosos aos 22 anos. Além disso, abaixo dos 13 anos ocorrem os tumores do saco vitelínico e teratoma (7% dos casos). Mais ainda, a incidência bilateral ocorre em 2-3%.

Os estudos epidemiológicos mostram que o câncer de testículo aumentou nos últimos 40 anos, possivelmente relacionado com poluição ambiental, uso de agrotóxico, anticoncepcional, etc. Portanto, o mais ambiente está transformado e isto é muito perigoso a população mundial.

Sintomas do câncer de testículo

A principal queixa do paciente é o aumento progressivo do testículo, geralmente indolor. Ao exame físico se observa tumor endurecido. “Qualquer  massa  endurecida  no testículo ou no abdômen em adulto jovem deve ser considerada câncer de testículo até prova do contrário”. Entretanto, as vezes, o principal sintoma é decorrente da doença metastática.

Fatores de risco do câncer de testículo

São conhecidos fatores de risco para desenvolvimento de câncer de testículo:

  • CIS do testículo (carcinoma de células germinativas intratubular),
  • gônadas disgenéticas,
  • portadores de testículo criptorquídico (risco de 3 a 14 vezes),
  • antecedente de CT em testículo contralateral (3-4%),
  • história familiar (risco de 4-10 vezes),
  • infertilidade (10-15%),
  • testículo atrófico (5-10%),
  • com síndrome de Klinefelter,
  • usuários de maconha e
  • portadores de HIV.

Diagnóstico do câncer de testículo

O diagnóstico suspeito é feito pela história clínica e exame físico da massa endurecida testicular. Contudo, a extensão da doença (estadiamento clínico) é feita por exames de imagem e sangue. O estadiamento (extensão da doença no organismo) é feito por exames de imagem (ultrassom, tomografia, ressonância, PET-CT e mapeamento ósseo, conforme indicação médica). Além disso, com exames de laboratório, os chamados marcadores tumorais do CT (β-HCG, α-fetoproteína e DHL).

Assim, por se tratar de pacientes jovens, na maioria dos casos, deve-se colher sêmen para avaliar o espermograma e preservação em banco de sêmen (criopreservação).

Tratamento

O tratamento do câncer de testículo é baseado no exame histopatológico e estadiamento (extensão que a doença no corpo). A orquiectomia radical é uma prioridade para o diagnóstico definitivo. Esta cirurgia deve ser obrigatoriamente feita por acesso inguinal, sendo desta maneira feita sua abordagem oncológica. Por consequência, a abordagem escrotal muda completamente a sua disseminação sistêmica. Logo, com enorme prejuízo ao paciente. Portanto, o seu atraso pode significar a perda de oportunidade para curar o paciente. Assim sendo, a orquiectomia radical pode ser o único tratamento para curar o paciente no início da doença.

Pacientes de alto risco para ter doença em gânglios metastáticos no retroperitônio ou com massas visíveis pelo exames de imagem, ou em outros sítios como pulmão e cérebro devem ser submetidos a quimioterapia.

De maneira geral, quanto mais cedo for iniciado o tratamento, maiores são as chances de cura com menor morbidade, sendo que esta poderá se manifestar tardiamente na vida.

Prevenção do câncer de testículo

Pacientes de risco devem ser seguidos e orientados desde a infância para possibilidade de evoluir com câncer der testículo, devendo ser alertados os familiares sobre testículos suspeitos (pacientes com criptorquidia, com ou sem orquidopexia; testículos hipotróficos e hipogonádicos com baixa testosterona sérica). Portanto, qualquer crescimento no tamanho do testículo deve ser investigado rapidamente.

Assim sendo, muita atenção: Cuidado por considerar tumor testicular como orquite!

Referência

https://www.auanet.org/guidelines/testicular-cancer-guideline

https://www.drfranciscofonseca.com.br//o-que-voce-precisa-saber-sobre-cancer-de-testiculo/