A potência sexual é preocupação dos pacientes antes da prostatectomia radical, cujo objetivo é curar o câncer de próstata. Imagine o que se passa na cabeça de homem jovem quando sabe que é portador de câncer de próstata. Poderei ficar incontinente ou impotente após seu tratamento? Entenda mais sobre como fica a ereção após a cirurgia radical da próstata. 

O diagnóstico do câncer de próstata está sendo feito em situação clínica mais precoce. Além disso, em homens mais jovens na maioria dos casos. Ela é decorrência da maior informação da doença veiculada pelos meios de comunicação. O PSA, antígeno prostático específico, para o diagnóstico foi descoberto por Ming Wang em 1979, no Roswell Park Memorial Institute.

O PSA começou a ser usado na clínica em 1986, quando o PSA foi aprovado pelo U.S. Food and Drug Administration. Mais ainda, o PSA monitora a resposta e a recorrência após a prostatectomia radical.

Diagnóstico precoce do câncer de próstata

Potência sexual após a prostatectomia - É possível melhorar?
Potência sexual após a prostatectomia. É possível melhorar?

Muitos pacientes não são diagnosticados pelo  toque retal, não há nódulo endurecido na próstata, mas porque o PSA está elevado para o volume da próstata ou para a idade do paciente. O diagnostico do câncer de próstata é quando exames sofisticados não identificam o câncer, como a ressonância nuclear magnética.

Todavia, o exame anatomopatológico da peça após a cirurgia, a doença é multifocal na próstata na avaliação microscópica.

Complicações mais temidas

O paciente procura entender os riscos e consequências da prostatectomia radical. As mais temidas é a disfunção eréctil e a incontinência urinária. Mas é possível evitar tal acontecimentos?

Possivelmente, sim. Entretanto, mesmo em mãos experientes, estes riscos podem ocorrer. Porquê?

As variáveis da anatomia da próstata e pelve masculina são muitas. Pode-se dizer: “cada caso é um caso único, sendo que cada cirurgia tem sua própria história”.

As variáveis anatômicas mais frequentes são: volume e profundidade da próstata, cápsula e fáscia prostática, extensão do esfíncter, veias e artérias periprostáticas, banda neurovascular, morfologia da bacia e índice de massa corpórea do pacientes.

O cirurgião deve estar preparado e treinado para poder lidar com sabedoria com elas. Portanto, deve identificá-las e aplicar a melhor solução no intra-operatório. Muitas vezes, usa-se táticas próprias para obter o melhor resultado funcional.

A busca pelo conhecimento

Anos de experiência e convívio com mestres experientes mostram caminhos mais suaves e rápido o aprendizado. Saber ouví-los pode facilitar e economizar seu entendimento. A participação em congressos pode encurtar o aprendizado.

Por vezes, aprendemos com os nossos erros e ensinamos os mais jovens como resolvê-los. Na minha vida profissional, muitos me ensinaram para o meu amadurecimento. A cada cirurgia mais um passo ao aprendizado. Mas é preciso saber que ninguém é dono da verdade. Muitas verdades são contempladas, mas muitas vezes nunca são plenas. Além disso, poderão ser transitórias.

A ciência tem um dinamismo que desafia nossos conhecimentos a cada instante. São por estas razões que a medicina e a cirurgia conjugam uma estreita relação entre a arte e o conhecimento”. Somente os anos nos deixa mais sábios. Além disso, esta trajetória é cheia de dificuldades. Nunca esmorecer para chegar longe no conhecimento, nesta estrada sem fim.

A técnica foi introduzida pelo professor Patrick Walsh, em 1982. Todavia, as inovações foram se avolumaram entre muitos cirurgiões no mundo. Desta maneira, pode-se dizer que “ninguém detém a verdade de como realizar a cirurgia com o máximo de precisão técnica”.

Difusão do conhecimento

As vezes, pacientes que parecem fáceis para operar, como os magros, são verdadeiros desafios cirúrgicos. As anormalidades vistas no caso podem ser únicas e por vezes, ainda não vividas. O conhecimento e experiências trocados com cirurgiões nos permite que fiquemos cientes dos nossos futuros desafios. Desta maneira, deve-se respeitar cada caso, atuar com o máximo de elegância técnica para que conquistar o sucesso.

Estudo científico mostra que o cirurgião deve ter realizado pelo menos 350 cirurgias para ser considerado maduro. As experiências próprias somadas aos conhecimentos adquiridos de outros colegas nos permite crescer. Todo médico carrega consigo o conhecimento que não pode ser furtado. Mas, pela gentileza do espírito científico deve-se dividir e compartilhar para o avanço do saber.

Aprendi muito e introduzi minhas próprias táticas na cirurgia para conquistar o êxito. “Sempre se aprende nesta estrada do conhecimento”.

Nenhuma tecnologia é capaz de realizar a cirurgia perfeita. Não é com o robô vamos obter os melhores resultados funcionais e melhorar o controle do câncer. Se o cirurgião não obedecer os princípios da anatomia e fisiologia. Assim, nenhuma técnica errada é corrigida pela máquina. Por fim, quem opera o robô é o cirurgião!

Para atingir o êxito

Agradeço os professores Patrick Walsh, James Easthan e Urs Studer, entre outros. Eles me ajudaram a melhorar os resultados dos meus pacientes. Estes conhecimentos melhoraram a continência e a potência sexual. Estes princípios ensinados e mudaram minha técnica operatória. Pequenos pormenores melhoraram os resultados funcionais, restabelecendo mais precocemente a potência sexual e a continência urinária dos meus pacientes. Por isso digo, é possível realizar a cirurgia, mantendo potência e a continência, desde que faça a técnica perfeita.

Por fim, gostaria de considerar que a prostatectomia radical representa um desafio cirúrgico. Os mais jovens cirurgiões devem se preparar para vencer o adorável desafio para sua realização.

Contudo, caso você queira saber mais sobre esta e outras doenças do trato gênito-urinário acesse a nossa área de conteúdo para pacientes para entender e ganhar conhecimentos. A cultura sempre faz a diferença. Você vai se surpreender!

Referência

https://uroweb.org/guideline/prostate-cancer/

http://www.auanet.org/guidelines/male-sexual-dysfunction-erectile-dysfunction-(2018)